Deep Plane Facelift: o que é, vantagens e como é feito | Dr. Joao Pedro Biló (2024)

O que é o Deep Plane Facelift?

O Deep Plane Facelift é uma técnica avançada de rejuvenescimento facial que vai além das técnicas tradicionais de “lifting”. Originalmente descrito por Sam Hamra em 1990, este procedimento envolve uma dissecção abaixo do sistema muscular aponeurótico superficial (SMAS). Sam Hamra teve seu primeiro contato com a cirurgia de lifting” em 1970 e fascinado com que viu dedicou mais de 40 anos em busca do “lifting facial perfeito” que para ele é resgatar a anatomia da juventude antes do processo de envelhecimento. Ao longo dos anos essa técnica passou por diversos aperfeiçoamentos. Chegando ao Extended Deep Plane Facelift, modificado por Andrew A. Jacono.

Ao contrário de algumas técnicas de faceliftings ou miniliftings que apenas esticam a pele, o Deep Plane Facelift reposiciona camadas mais profundas do rosto, proporcionando resultados mais naturais e duradouros.

O Envelhecimento da Face: Entendendo o Processo

O rosto é frequentemente a primeira área do corpo onde os sinais do envelhecimento começam a aparecer e incomodar. O envelhecimento facial é influenciado por uma combinação de fatores genéticos, ambientais e de estilo de vida. Aqui estão os principais componentes desse processo:

Perda de Colágeno e Elastina: Com o tempo, a produção de colágeno e elastina, proteínas responsáveis pela firmeza e elasticidade da pele, diminuem. Isso resulta em pele mais fina, flacidez e formação de rugas.

Diminuição da Gordura Facial: A gordura que dá volume e contorno ao rosto começa a diminuir e a se deslocar, levando à formação de sulcos e perda de volume em áreas como as maçãs do rosto.

Exposição ao Sol: A exposição prolongada e desprotegida ao sol pode acelerar o envelhecimento da pele, causando manchas, rugas e uma textura áspera.

Movimentos Faciais Repetitivos: Expressões faciais repetidas, como franzir a testa ou sorrir, podem levar à formação de linhas de expressão ao longo do tempo, aqui temos o botox como aliado tratando as rugas dinâmicas e agindo na prevenção das rugas estáticas (estas mais difíceis de tratar).

Gravidade: A força da gravidade constantemente puxa a pele e os músculos faciais para baixo, contribuindo para a flacidez ao longo dos anos.

Fatores Externos: Poluição, tabagismo, dieta inadequada e estresse também podem acelerar o processo de envelhecimento da pele.

Redução da Produção de Óleo: Com a idade, as glândulas sebáceas produzem menos óleo, tornando a pele mais seca e menos luminosa.

Alteração da estrutura óssea: órbitas mais largas com angulação mais caída lateralmente, ossos zigomáticos menos projetados e mais baixos.

O entendimento desses fatores é crucial, especialmente quando se considera um procedimento como o Deep Plane Facelift. Ao abordar as causas subjacentes do envelhecimento facial, essa técnica cirúrgica oferece uma solução mais duradoura e natural para restaurar a juventude e o contorno facial.

Quais as vantagens do Deep Plane Facelift?

Resultados Naturais: Ao reposicionar os tecidos mais profundos, evita-se a aparência “esticada” que pode ocorrer com outros procedimentos.

Resultados Duradouros: Os resultados podem durar mais do que os obtidos com técnicas tradicionais de “lifting”, visto que ocorre liberação de ligamentos retentores da face, estes quando não liberados seguram o movimento de rejuvenescimento da cirurgia.

Recuperação mais rápida: Devido à técnica avançada, muitos pacientes experimentam um tempo de recuperação mais curto.

Qual o candidato ideal para o Deep Plane Facelift?

O sucesso de qualquer procedimento cirúrgico depende em grande parte da seleção adequada do paciente. No caso do Deep Plane Facelift, o candidato ideal possui algumas características específicas:

Sinais Visíveis de Envelhecimento: O procedimento é mais eficaz para indivíduos que apresentam sinais visíveis de envelhecimento, como flacidez acentuada da pele, rugas profundas, perda de volume facial e formação de papadas. Apesar de não existir idade, em geral as indicações ocorrem para pacientes com idade superior a 45 anos.

Boa Saúde Geral: Como qualquer cirurgia, é crucial que o paciente esteja em boa saúde geral. Isso significa não ter condições médicas que possam complicar a cirurgia ou a recuperação, como doenças cardíacas, diabetes não controlada ou problemas de coagulação.

Expectativas Realistas: Embora o Deep Plane Facelift possa oferecer resultados muito interessantes, é essencial que o paciente tenha expectativas realistas sobre o que a cirurgia pode e não pode alcançar nele.

Não Fumantes: O tabagismo pode complicar tanto a cirurgia quanto o processo de recuperação. Os fumantes têm um risco aumentado de complicações, como infecção e cicatrização prejudicada. Portanto, é aconselhável que os pacientes parem de fumar pelo menos 3 meses antes antes e depois da cirurgia.

Compromisso com a Recuperação: A recuperação do Deep Plane Facelift requer paciência e cuidado. O candidato ideal está disposto a seguir todas as instruções pós-operatórias e a dar ao corpo o tempo de que precisa para curar adequadamente.

Como é feito Deep Plane Facelift?

A preparação pré-operatória não é diferente de outros procedimentos que requerem internação, exames de sangue, avaliações cardiológicas e outras avaliações serão pedidas conforme necessário. Também é aconselhável interromper o uso de medicamentos que possam aumentar o risco de sangramento, como aspirina e anti-inflamatórios.

O Deep Plane Facelift é geralmente realizado sob anestesia geral, garantindo que o paciente esteja completamente adormecido e confortável durante todo o procedimento.

O Dr. João Pedro Biló opta pelo uso da lupa cirúrgica durante suas cirurgias, melhorando a visualização das estruturas anatômicas e acima de tudo, tornando mais segura e eficaz o procedimento.

Após conferidas as marcações são iniciadas as incisões estrategicamente posicionadas para garantir que as cicatrizes sejam minimamente visíveis. Geralmente, essas incisões são feitas na linha do cabelo, estendendo-se ao redor da orelha e, possivelmente, na parte inferior do couro cabeludo.

Uma vez feitas as incisões, o cirurgião eleva cuidadosamente um retalho de pele e tecido subcutâneo, expondo o sistema muscular aponeurótico superficial (SMAS). O acesso ao plano profundo é alcançado ao se deslocar abaixo do SMAS, permitindo ao cirurgião liberar os ligamentos retentores da face e reposicionar os tecidos que sofreram a ação da gravidade ao longo dos anos.

Com as estruturas da face reposicionadas obtém-se um contorno facial mais jovem e natural. Isso pode envolver a elevação e suspensão do SMAS, bem como a remoção ou enxertia de gordura em locais onde há necessidade de modificar o volume. Após o reposicionamento adequado dos tecidos, a pele em excesso é removida e as incisões são fechadas meticulosamente com suturas.

Após a cirurgia, o paciente pode esperar algum inchaço, hematomas e desconforto. Medicações para dor serão prescritas para aliviar qualquer desconforto. É crucial seguir todas as instruções pós-operatórias fornecidas pelo cirurgião para garantir uma recuperação suave e resultados ideais.

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